Errar e Acertar.

Ler um livro é crime se você deixar seu Facebook aberto, sim, é, pois o que está em jogo não é seu caráter, mas o que parece ser o seu caráter. Disse que iria estudar? Mas estás online no Facebook!! Só não queres falar comigo, isso é traição!

Como explicar sobre “estudar” a alguém que nunca “estudou”? Talvez meu conhecimento sobre a palavra “traição” seja limitado, pois eu nunca traí ninguém, alias nunca tive essa intenção. A lealdade é o que de mais importante existe nessa vida. Uma pessoa que não é leal não é confiável, mas como se pode desconfiar de alguém que foi leal a vida toda, a tudo, todos e a seus princípios?

O namoro é uma prova de suporte, se um suportar o outro então poderão casar. Sempre existirão erros e acertos, não existe bônus sem ônus, isso é ilusão. Sempre que fazemos uma escolha e empecilhos começam a aparecer, temos a impressão de que se tivéssemos escolhido outra opção existiriam apenas alegrias e felicidade, mas não, a vida é absolutamente complicada, sempre haverá ônus, sempre será difícil, a questão não é essa, mas aceitar que o pior pode sempre acontecer.

Aceitar que o pior pode acontecer não é, necessariamente, pessimismo ou negativismo, não mesmo, são coisas muito diferentes, eu particularmente até acredito em “Lei da Atração”, a questão não é essa, mas sim entender que o “não” já existe, é realidade, estás apenas atrás do “sim”.

É isso que buscamos na vida e é isso que precisamos, atalhos não devem ser percorridos e não existe tempo suficiente para nos arrependermos. Não existem escolhas erradas, nossos pensamentos nos remetem apenas à coisas boas, nossa mente tem, por hábito, bloquear as ruins. Não existe recomeço, existe continuidade de uma vida, da sua.

Quando fazemos uma canja sempre teremos que temperar, não se faz uma canja sem temperos, a galinha é apenas o ingrediente principal e a chance de errarmos a medida dos temperos, seja da pimenta que ardeu ou do limão que azedou, será sempre muito maior que a de acertar. O acerto depende da perfeição em colocar corretamente todos os ingredientes da receita. É muito mais fácil errar do que acertar.

Meu próprio eu.

É sexta, é noite, mas eu não estou sozinho, eu não me sinto sozinho, a palavra sozinho remete a uma solidão tão solitária, uma escassez de sentimentos, uma negatividade consciente, mas não é isso.

Eu estou acompanhado de meu próprio eu, é isso que tento explicar às pessoa, a companhia de si próprio é a melhor companhia que você pode ter para realizar as coisas mais importantes de sua vida. Darwin, Da Vinci e Newton já comprovaram isso.

Estar sozinho não se trata de um carma, nem de uma opção, mas de uma necessidade de conflitar meu eu interior de uma maneira intelectual. Quando você é a única pessoa que entende suas atitudes, você não está louco, está apenas a frente do seu tempo e, neste caso, sua própria companhia é a melhor que podes conseguir.

O ideal seria embalsamar-se e esperar algumas centenas de anos para que clonassem meu DNA, acho que eu estaria melhor adaptado, mas não, deixa assim, não quero mumificar agora, não nesta hora, ainda tenho muito a fazer.

Sinto uma séria necessidade de companhias mais inteligentes, é complicado conversar com o espelho, eu quero fazer de minha vida um fórum para discutir assuntos de meu próprio interesse, sim, talvez eu seja um pouco egoísta, é que não quero metidos palpitando sobre como devo viver, por isso, minha própria companhia tem valor imensurável, impagável.

É tão bom viver, mas seria muito melhor isolado de azêmolas. Ah Darwin, que inveja.

Eu não sei.

Oi!

Tanto faz como tanto fez. O time ganhou do maior rival na competição mais importante, eu deveria estar saltando de felicidade, mas eu deixei de me importar, não sei, não é mais como antes.

Nada é como antes, nem as coisas boas, nem as ruins, não sei, acho que mudei, sim, eu mudei, talvez melhor, talvez pior, a verdade é que não sei.

Como posso adimplir uma obrigação com minha psicóloga, ou mesmo cumprir o compromisso com a concessionária de meu carro se estou tão ocupado resolvendo qual será minha nova dieta? Pois é, as pessoas dão valor a coisas supérfluas enquanto deveriam valorizar outras mais importantes.

Mas o que é importante? O que é importante para você talvez não seja importante para mim. Eu não sei. Robinho tem 7 anos e tudo que ele mais valoriza na vida é o tênis que acende luz quando ele pisa no chão, que acabou de ganhar de seus pais de aniversário. Robinho pode valorizar esse tênis mais do que tudo em sua vida, mas não significa que essa coisa realmente tenha valor perante o resto da sociedade.

Valores comunitários formam leis, que são chatas, pois estão sempre atrasadas, a evolução é clara, as pessoas sempre estão a frente do tempo das leis escritas, mas elas existem, são as regras de convívio, ainda que as vezes são apenas normas sociais não escritas. “Tchau”, “oi”, “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “alô”, “olá, tudo bem?”, são regras, mas não estão escritas, e elas não significam nada e não iniciam mudança alguma, porém todos falam, sob pena de serem mal educados.Você já se perguntou por que perde tempo as seguindo?

Também não sei, Tchau!

Eu não sei, mas vou.

O que discerne o moral do imoral? Talvez o mesmo que distingua real de irreal, mas como acusar de realidade o que nunca existiu, o que nunca sorriu ou chorou, nem se abriu com um amigo próximo, ou que nunca teve um amigo próximo.

Não é fácil seguir uma jornada sozinho sem alguém para recorrer, porém o alguém também tem seus temores, temores do além, de cá ou de lá, de janeiro a fevereiro, sempre sozinho numa noite fria ou acalorada, não importa, nunca importou.

Pra Marte vou, mas por que não Júpiter? Ou outra galáxia, que não existe, não para nós, mas quem somos nós? Sim, para Marte, pois é quente, talvez seja tropical, eu não sei, ninguém sabe, só os robôs, que mal sabem a diferença entre sentir a mão cheia de areia e senti-la coberta de lama.

Da argila se faz o tijolo e as telhas, com os quais se constroem casas usando um pouco de cimento, mas e se não? E se o cimento não fosse necessário? Será possível outra matéria prima nessa vida? Quem nos indicou a que devemos usar e como misturar? Pois é.

Uma mania sem graça, mas que vira pilhéria com o passar das estações. Mania de ver divindade em tudo que é diferente, Aristocratizar o que talvez seja mais simples que a solidificação da água, mas que aos olhos humanos pode parecer ainda desconhecido.

Mas é errado? É errado não saber ou é errado saber errado? Não sei, nem vou arriscar, para não errar, só que vou, a se vou.

Bob’s Your Uncle!

Eu nunca soube o propósito de um Blog, digo, talvez até soubesse, mas sempre achei uma ferramente que já surgiu ultrapassada, condenada a morte por instrumentos mais populares, porém talvez a velhice batendo à porta tenha me feito mudar de ideia.

O blog é a alma de uma pessoa transmitida às demais. Pessoas comuns, que nada fazem além de seguir seus ídolos, não têm nada de interessante e não necessitam de um Blog, pois já possuem um roteiro de vida, uma forma de alcançar não os seus objetivos, mas os objetivos de seus ídolos, aqueles a que seguem.

Dei sorte de não fazer parte desses 95% da população mundial e ser um chato, um anormal, não porque esteja errado, bom, é difícil explicar o anormal aos normais, Thoreau diria que eu só ouço outro tambor e Bob Marley até faria laracha da situação, pois também rio de vocês por serem todos iguais da mesma forma que possam rir de mim por ser diferente. Apenas não sou seu congênere, o que não me faz tão incompreensível e incoerente.

Histórias contadas por mim, sob minha ótica e opinião, talvez sejam interessantes para as pessoas comuns justamente por fugir do normal, alias o anormal intriga a qualquer ser humano. Eu diria “espero que gostem”, mas na verdade, eu só espero ser lido.